Eu vivo porque um instante de luz
Fulgurante ofusca.
Eu vivo porque o instante diz
Na solidão que assusta.
Eu canto porque o canto é a vida
Da matéria bruta.
Eu grito porque o grito é o som
Que a morte enluta.
Eu choro porque a lágrima é ardente
Na emoção da luta.
Eu vivo porque a morte é o nada
Que o instante busca.
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