sábado, 11 de dezembro de 2010

Soneto


Quão bom é olhar-te quando vens andado

Na rua longa onde o deserto é mata...

Distante enfim teu olhar tão saudoso e brando

Assim é o meu, mas tudo retrata.


Súbita é minha mente como águas represando

E esse amor em mim tu não desatas...

Na rua deserta continuas andando

Sem nada me observar sem querer me mata.


Me perdoe querida, mas que mal te fizes?

É no alento triste que a dor me segues...

E apossou-se de meu peito e não partides.


Nosso olhar se cruzam e tu nem percebes...

Meu amor enfim que nada te dizes

Se aflora em mim mesmo que tu não regues.

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